É um mundo horripilante em que a sociedade baseia-se no individualismo onde enclaves fortificados são cada vez mais intensos por cobrirem deficiências do estado oferecendo segurança, qualidade de vida, lazer, saúde e educação mesmo condomínio sem a necessidade de arriscar a própria vida nas ruas da cidade. A funcionalidade estatal será questionada e o poder fatalmente será descentralizado e repartido entre empresas que promoverão cada vez mais o consumismo, enquanto a economia gira a desigualdade aumenta, a classe dos mais pobres une-se formando favelas cada vez maiores e mais fechadas sem saneamento algum e assim um apartheid social é criado onde o símbolo máximo da segregação social são os muros e portarias de condomínios um isolamento com barreiras que resultaria em uma sociedade neofeudal.
Com a individualização apoiada pelo consumismo as conversas de elevador são o único contato entre vizinhos, o numero de suicídios da nova nobreza é cada vez maior enquanto a plebe morre por fome ou doenças que poderiam ser evitadas com medidas profiláticas, os que ainda não morreram revoltam-se quebrando partes dos muros e invadindo os enclaves, um confronto sangrento se inicia e no final quando a classe dos pobres é quase toda dizimada questionamentos do tipo “Como deixamos isto acontecer?” ou “Até onde o ser humano é capaz de ir por seus interesses egoístas?” Uma nova onde de paz será comercializada porém, descendentes da classe pobre quase toda destruída no conflito farão constantes ataques terroristas em busca de justiça e então humanidade se deparará com a seguinte incógnita, tentar semear a paz fazendo uma inclusão social e formar novas monarquias nacionais ou então se autodestruir em um conflito sem fim. Analisando friamente pelo o que conheço dos humanos ainda não tenho certeza sobre qual será a escolha.
Fellipe Sousa
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